Ergonomia é a relação entre o homem e seu ambiente
de trabalho, que pode oferecer riscos e deixar o profissional vulnerável de
maneira física ou psicológica. Esta é uma disciplina científica que leva em
conta as características do ambiente e identifica posições inadequadas que
podem causar doenças ou algum tipo de estresse mental ou físico.
O trabalho não precisa necessariamente estar
associado à possibilidade de ocorrer algum acidente grave para que haja um
risco ergonômico: a impossibilidade de realizar o trabalho de forma cômoda e
agradável já é considerada um problema para a ergonomia. Para os profissionais
de enfermagem, esses riscos fazem parte do trabalho, e existem algumas normas
regulamentadoras específicas para garantir a segurança e saúde nesta área.
O risco ergonômico de um profissional é baseado no
ambiente e nas ações que podem interferir em sua psicofisiológica. No caso do
enfermeiro, como ele geralmente trabalha em locais insalubres e que possui uma
extensa carga horária e ritmo excessivo de trabalho, o profissional está sempre
vulnerável a situações de alto risco.
Em 2005, com a publicação da Norma Regulamentadora
de número 32 (NR 32) do Ministério do Trabalho, foram estabelecidos os
princípios para implementação de medidas de proteção e prevenção dos
profissionais de saúde. Antes disso, eles estavam inseridos de forma genérica e
fragmentada nas outras leis, sem que fossem considerados os diferenciais da
área.
Principais
riscos ergonômicos na enfermagem
Toda profissão apresenta riscos em maior ou menor
quantidade, e a maioria dos profissionais de saúde não se dá conta dos riscos a
que são expostos diariamente. A Organização Mundial de Saúde indica como riscos
ocupacionais para enfermeiros as categorias químicas, mecânicas, biológicas,
físicas e ergonômicas.
Os
riscos ergonômicos mais relevantes para os enfermeiros são:
Postura inadequada para exercer o trabalho;
Sobrecarga acima do limite;
Carga horária muito longa e cansativa;
Mobiliário inadequado;
Falta de EPIs de proteção essenciais para
enfermeiros, como luvas e máscaras;
Ambiente insalubre;
Contato com fluidos e material químico sem a
proteção adequada;
Generalização do profissional, o que gera estresse
e bullying;
Dificuldade em manter horários para alimentação
adequada;
Riscos de radiação;
Riscos de lesões músculo-esqueléticas;
Uso inadequado dos Equipamentos de Proteção
Individual;
Estresse laboral, depressão e ansiedade;
Falta de autonomia;
Falta de apoio institucional;
Ausência de área restrita de repouso;
Recursos humanos inadequados;
Dificuldade de progressão de carreira;
Falta de apoio emocional;
Vulnerabilidade a situações de violência
emocional.
Comentários
Postar um comentário