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Os principais riscos de exposição ao Gás Sulfídrico (H2S)




Os apelidos concedidos ao gás sulfídrico já são sinalizadores de uma de suas mais terríveis características: o mau cheiro. No ambiente de fábricas e propriedades rurais, ele é mais conhecido como “gás de ovo podre” ou “gás de pântano”.

No entanto, o verdadeiro nome do gás é sulfeto de hidrogênio (H2S). Altamente tóxico, ele é inflamável e pode gerar vários problemas de saúde e, em casos mais graves, chega a ocasionar a morte de um trabalhador, seja em razão de uma explosão ou em consequência de uma doença.

Diante da alta periculosidade e dos riscos da exposição ao gás sulfídrico, mostraremos, neste post, como você deve prevenir-se de problemas por meio de atitudes conscientes.

Descubra o que é o gás sulfídrico     

O gás sulfídrico é tóxico, altamente denso e, em 8 ppm (parte por milhão), já chega a ser prejudicial à saúde humana. Em 10.000 ppm, é letal, ou seja, os riscos químicos levam à morte. Em solução aquosa, ele é conhecido como ácido sulfídrico, sendo um grande inimigo dos trabalhadores que estão constantemente próximos a ele sem os devidos cuidados.

A substância é utilizada principalmente na produção de enxofre e de ácido sulfúrico e traz riscos para quem respira ou tem o contato da pele com o gás. Em pequenas exposições, o trabalhador pode sofrer irritação nos olhos, dor de cabeça e fadiga.  

Por isso, além de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs), os funcionários de uma empresa que trabalha com o H2S precisam tomar outras atitudes preventivas para evitar doenças ocupacionais ou, até mesmo, um afastamento por um período indeterminado. Inclusive, o gás sulfídrico pode fazer com que o trabalhador se aposente por invalidez, de acordo com a gravidade da situação, fora o risco de morte já mencionado.

Quais locais é comum a presença do H2S
O gás sulfídrico está muito presente nas indústrias petrolíferas e também nas propriedades rurais, em razão do acúmulo do estrume, principalmente onde há tanques para estocagem do esterco.  

Como faz parte do ambiente natural, o H2S também se encontra em fontes termais, plantas de gás natural, gases vulcânicos, empresas que produzem celulose e também nas estações de tratamento de esgoto.

Vale destacar que o gás pode ser produzido por resíduos humanos e de animais, por conta da degradação bacteriana da matéria orgânica.

Podendo ser liberado no ar, na água e no solo, o gás sulfídrico se espalha rapidamente, permanecendo em estações de 1 a 42 dias, ou seja, os riscos de acidentes são altíssimos, como veremos agora.

Conheça os riscos de acidentes ocasionados pelo gás sulfídrico

Apesar do sulfeto de hidrogênio estar presente no meio ambiente, os principais riscos de acidentes acontecem em situações de confinamento, pois as condições prejudicam a dissipação do gás.

Assim, colaboradores de uma indústria que não estejam conscientes do risco, por exemplo, podem ter problemas gravíssimos na saúde após terem contato com o gás sulfídrico, como em um trabalho dentro de um espaço confinado.

Ambientes não ventilados também apresentam riscos elevados, em razão da maior probabilidade do gás permanecer nesta atmosfera. Veja detalhadamente os principais riscos de exposição ao H2S.

Atitude do trabalhador

Quem não está devidamente informado sobre os fatores de risco pode ser uma presa do gás sulfídrico. Por isso, trabalhadores sem consciência estão mais propensos a acidentes.

Espaço confinado

Colaboradores que precisam entrar em tanques ou estações de esgoto podem ser surpreendidos pelo H2S. Isso porque o gás existe naturalmente no interior destes locais.

Fontes de ignição

Aqui mora um risco iminente de explosão ou incêndios. Afinal, cigarros, fósforos acesos, tubos e outras fontes de calor podem ocasionar uma explosão ao encontrar o H2S no ar, ou seja, muitos acidentes tiveram as fontes de ignição como a principal causa.

Lentes de contato   

Um trabalhador que usa lente de contato faz aumentar as chances de contaminação por conta da maior facilidade de absorção do gás pelos olhos.

Aprenda quais doenças podem ser causadas pelo gás

A exposição em grande escala prejudica inúmeras partes da saúde de um trabalhador. Primeiramente, podem acontecer irritações nos olhos, no nariz ou na garganta.

Os problemas atingem ainda o sistema respiratório, causando perdas de memória, dores de cabeça e até comprometimento da função motora, pelo fato de o gás atingir o sistema nervoso central. Além disso, a exposição na forma liquefeito gera queimaduras por congelamento.  

Especialistas afirmam ainda que existem outros sintomas que causam insuficiência cardíaca, falha renal, vômitos, coceira e vermelhidão na pele, sem falar nas sequelas que podem ser irreversíveis, como distúrbios psicológicos.

São doenças que começam pela exposição sem os devidos cuidados tanto no quesito de engenharia quanto do uso de EPIs, sendo pelo contato da pele, do olho ou por meio da inalação, como explicaremos na sequência.

Inalação

Trata-se da principal via de exposição do H2S. Ao entrar em contato com a substância, os pulmões absorvem rapidamente o gás. Como o sulfeto de hidrogênio é bem mais pesado do que o ar, ele pode acumular-se em áreas confinadas ou mal ventiladas.

Apesar de o forte cheiro ser um indicador da presença do gás, essa atitude não é aconselhável, pois pode acontecer a fadiga olfativa, diminuindo a constatação. Ou seja, prive sempre pelos métodos indicados pela área de segurança do trabalho. É o que explicaremos logo mais.

Contato com a pele

Trabalhadores que sofrem contato com o gás sulfídrico têm grandes chances de sofrer problemas de pele, como dermatite e ardência nos olhos. O problema acontece mesmo em níveis baixos, sendo mais um risco que necessita de cuidados especiais. Pelo fato de ser um gás que sobrevive à temperatura ambiente, a ingestão é uma situação praticamente impossível.  

Saiba como se prevenir do contato com o gás sulfídrico

A primeira dica para as empresas evitarem o contato dos colaboradores com o gás sulfídrico é por meio da conscientização. Nesse sentido, cursos e palestras são fundamentais para manter os funcionários bem-informados sobre as práticas adequadas.

Depois, as instituições precisam sempre fiscalizar o uso dos EPIs, como botas, luvas, óculos, macacões, entre outros. São equipamentos que evitam o contato do gás com a pele ou os olhos, reduzindo as incidências de acidentes e até mesmo explosões.

Outra orientação é contar com a parceria do setor de engenharia para implantar ações de controle e processos que contribuam com a redução do contato com o H2S.  Além disso os detectores multigases com sensores eletroquímicos que detectam a presença do gás sulfídrico ajudam imensamente a evitar o contato.

Seguindo as nossas dicas, certamente a sua empresa poderá evitar muitos problemas e, até mesmo, observar a redução dos gastos em razão das ações preventivas que certamente evitarão afastamentos médicos ou acidentes dentro da unidade.

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